Regra dos 40% em SaaS: como e quando aplicar?
A regra dos 40% é uma métrica, utilizada principalmente por investidores, para analisar a saúde financeira e o potencial de crescimento de uma empresa em longo prazo. Para isso, são considerados dois importantes indicadores: taxa de crescimento e margem de lucro.
Especialmente quando o alvo de investimento são empresas SaaS, Software as a Service, esses KPIs são primordiais para embasar as tomadas de decisão dos investidores sobre aplicar, ou não, dinheiro, tempo e conhecimento nas companhias.
Um dos motivos é que essa regra define que, se a combinação entre esses dois indicadores der um resultado maior que 40%, significa que o negócio é viável e que está no caminho certo para se tornar uma organização muito mais madura.
Dessa forma, as empresas SaaS que conseguem superar os 40% entre os KPIs taxa de crescimento e margem de lucro, alcançando um equilíbrio entre progresso e rentabilidade, são mais bem vistas pelos investidores, elevando as chances de conseguirem os investimentos pleiteados.
Achou interessante, mas não sabe como é o cálculo regra dos 40% para empresas SaaS? Então, siga agora mesmo a leitura deste artigo e confira tudo sobre esse importante tema!
O que é a regra dos 40%?
A regra dos 40% é um método de avaliação empresarial que aponta a investidores a performance e o potencial de crescimento de uma companhia, mostrando se é viável, ou não, realizar o investimento. Para isso, são consideradas a taxa de crescimento de receita e a margem de lucro do negócio.
Essa regra foi criada em 2015, pelo empresário e investidor de venture capital Brad Feld que, na época, divulgou no seu blog o contexto sobre essa metodologia se relacionar diretamente com empresas de softwares saudáveis, incluindo as do modelo SaaS.
Apenas relembrando o que é SaaS, são companhias de software como serviço. Esse modelo de negócio disponibiliza diferentes tipos de soluções em nuvem, dispensando a necessidade de instalação dos programas nos computadores e demais equipamentos dos usuários.
Desse modo, a regra dos 40% em SaaS mostra quanto uma empresa desse segmento tem em capacidade de crescimento e lucratividade, revelando se vale ou não a pena investir nela.
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Como é o cálculo da regra dos 40%?
Como comentamos, o cálculo da regra dos 40% é feito a partir do resultado de dois KPIs, que são a taxa de crescimento de receita e a margem de lucro da empresa SaaS, bastando somá-los.
Na prática, ficaria dessa forma:
- suponhamos que a taxa de crescimento da empresa é de 15% e a margem de lucro de 20%;
- assim, 15+20 = 35%
Nesse exemplo, o percentual ficou abaixo de 40%, mostrando que o negócio ainda não alcançou equilíbrio entre expansão e lucratividade.
Contudo, isso não é necessariamente ruim se a SaaS estiver no início das operações. Porém, se for um pouco mais madura, tende a ser um significativo ponto negativo para o negócio.
Dessa forma, ao chegar ao resultado do cálculo dessa regra, alguns pontos que os investidores costumam considerar são:
-
- menor que 40%: tempo de abertura da empresa e estruturação dos times, pois, se a companhia SaaS for relativamente nova, esse percentual não é tão preocupante;
- igual a 40%: revela que a empresa tem os potenciais de progresso esperado e que há espaço para trabalhar mais e elevar esse número;
- superior a 40%: mostra um negócio atrativo, em franco crescimento, no qual vale a pena aplicar capital, especialmente se houver um equilíbrio entre os dois KPIs usados no cálculo.
O que são métricas/KPIs de SaaS?
As métricas, ou KPIs de SaaS, são indicadores de desempenho que geram informações e dados sobre a performance de um negócio desse modelo, revelando a capacidade da companhia no que se refere ao potencial de crescimento, resultados de ações e decisões tomadas, entre outros fatores importantes para o seu sucesso.
Além da taxa de crescimento de receita e da margem de lucro usados no cálculo da regra dos 40% em SaaS, alguns outros indicadores aplicáveis a esse modelo empresarial são:
- CAC – Custo de Aquisição de Clientes: mensura quanto custa, financeiramente falando, conquistar cada cliente;
- LTV – Lifetime Value: aponta quanto o gasta na empresa durante o tempo que mantém relacionamento com ela;
- MRR – Monthly Recurring Revenue: refere-se à receita recorrente mensal, isto é, aos valores pagos todos os meses pelos clientes;
- Churn Rate: porcentagem de clientes que a empresa SaaS perde em um determinado período;
- ARPA – Average Revenue Per Account: receita média mensal gerada por cada cliente;
- ARR – Annual Recurring Revenue: faturamento recorrente anual;
- Ticket Médio: valor médio das assinaturas fechadas;
- NPS – Net Promoter Score: revela o nível de satisfação dos clientes com os produtos, serviços e atendimento prestados.
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Quando a regra dos 40% pode ser usada?
Essa regra é usada, principalmente, para mostrar a investidores em potencial que vale a pena investir na empresa SaaS, visto que ela tem, comprovadamente, condições de crescimento e lucratividade em médio e longo prazo.
Entretanto, essa também pode ser utilizada como uma importante ferramenta de tomada de decisão interna, pois ela mostra para fundadores e gestores a capacidade de expansão e rentabilidade do negócio.
Assim, as deliberativas passam a ser embasadas em dados, e não em achismos e suposições, contribuindo para o alcance de resultados muito mais sólidos para a companhia.
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