Bancarização: o processo que muda vidas e negócios!
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Em 2020, o processo de bancarização foi fortemente impulsionado pela pandemia do novo coronavírus.
Dados apontam que mais de 9,8 milhões de pessoas iniciaram relacionamento com instituições financeiras durante a quarentena, diminuindo, assim, o número de desbancarizados.
Além da necessidade de isolamento social que resultou na digitalização de diversos serviços, o pagamento de Auxílio Emergencial pelo governo foi outro fator que contribuiu bastante para o uso de soluções financeiras digitais.
Segundo o relatório “Meios eletrônicos de pagamento — Balanço 3T20” da Abecs, Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, foi registrado R$ 1,38 trilhão em pagamentos digitais nesse período.
Somente o auxílio corresponde a 8,1% desse aumento (porcentagem referente ao acumulado entre janeiro e setembro de 2020) e a 18,4% das operações realizadas via cartão de débito no mesmo período.
Mas é preciso considerar que a bancarização vai muito além de apenas permitir que as pessoas tenham acesso a ferramentas financeiras digitais.
Segundo Fernanda Ribeiro, co-fundadora da Conta Black, a inclusão dos serviços financeiros de modo facilitado na vida dos brasileiros contribui para modificar a sociedade, viabilizar negócios, e até para trazer mais segurança.
Considerando esses e outros pontos, o que esperar do processo de desbancarização para 2021?
O processo de bancarização promovido pela Conta Black
A Conta Black foi criada dentro de uma associação de empreendedores e profissionais liberais, todos negros, com o objetivo de gerar uma conexão entre esses participantes.
“Com isso, deu-se origem ao chamado “black money“, que é a circulação do dinheiro dentro da comunidade negra”, destaca Fernanda Ribeiro, co-fundadora da Conta Black
Uma vez feito isso, foi possível notar que a maioria dessas pessoas não tinha conta bancária ou acesso a ferramentas financeiras que permitiam recebimento de pagamentos, utilização de cartão etc.
Fernanda salienta:
“A partir desse fio condutor nasceu a Conta Black, como uma ferramenta de inclusão financeira por meio de uma conta digital.
Hoje, nos posicionamos como um hub financeiro alocado em uma conta digital. Trazemos ferramentas financeiras personalizadas para empreendedores e pessoas físicas, soluções mais próximas da sua realidade.
Permitimos, por exemplo, a abertura de uma conta digital, utilização de meios de pagamento, acesso a crédito e outras soluções customizadas pensando nesse público”.
Atualmente, a empresa tem mais de 12 mil contas ativas, entre pessoas físicas e jurídicas, transacionando movimentações dentro da sua plataforma.
O impacto do cenário atual sobre os serviços financeiros
A pandemia do novo coronavírus também jogou uma luz sobre a importância da bancarização aqui no Brasil.
“A desbancarização não é um problema que descobrimos ontem, e nem vai acabar amanhã. No entanto, quando foi preciso digitalizar diversos processos por conta do isolamento social, obviamente, o setor financeiro não ficaria de fora.
Por exemplo, com a necessidade da inclusão financeira das pessoas para que recebessem o pagamento do Auxílio Emergencial, notamos que muitos grupos foram esquecidos.
O fato é que, não é de hoje que falamos de desbancarização e é um problema que vinha sendo ignorado.
Outra questão foi o acesso ao crédito. O governo liberou para pequenos empreendedores capital de giro, mas a burocracia dos “dinossauros bancários” fez com que esse dinheiro não chegasse até a ponta. Algo que, na verdade, sempre aconteceu.
Acredito que as fintechs têm papel primordial nessa mudança de cenário e na bancarização.
Visto que essas empresas estão conectadas às pontas (clientes), elas conseguem enxergar melhor os problemas e os desafios com uma lupa diferente dos grandes bancos, que têm a sua lucratividade inalterada independentemente do cenário”, explica a co-fundadora da Conta Black.
Aproveite e ouça este episódio do Papo na Nuvem:
A importância da bancarização
Um dos motivos que corroboram a importância da bancarização é o alto volume de valores transacionados fora do sistema financeiro tradicional.
Fernanda destaca que, segundo dados da Data Favela, instituto de pesquisa do Rio de Janeiro, estima-se que R$ 1,7 trilhão de dinheiro em espécie é movimentado pela população negra e periférica.
“Quando falamos que a bancarização é um processo importante para o todo, fica claro que é algo que realmente se faz necessário.
Se pensarmos na quantidade de dinheiro físico que é movimentado, estamos também falando da segurança das pessoas.
Desse modo, quando bancarizamos esse recurso, trazemos mais tranquilidade, bem como a possibilidade de maior controle, no sentido de ajudar esse público a visualizar melhor o uso do seu capital.
Lidando com o empreendedor, por exemplo, sabemos que a falta de controle financeiro ocasiona diversos problemas provenientes do uso inadequado do dinheiro.
Então quando, de alguma forma, promovemos a bancarização, ajudamos a tangibilizar essas entradas e utilizar esses valores corretamente”.
Além disso, não podemos deixar de citar que a bancarização é uma ferramenta de inclusão social, forma de massificar a oferta de produtos e serviços financeiros e de também viabilizar novos negócios.
“Diminuir o número de desbancarizados não é apenas uma questão de propósito social, é também uma necessidade de sustentabilidade de negócio.
Pessoas estão movimentando dinheiro fora do sistema financeiro tradicional e esse, por sua vez, não as enxerga da forma que deveriam. Entendo que isso atrapalha o desenvolvimento de muitas empresas pequenas”.
Aproveite e leia também: “Os impactos da digitalização do dinheiro”
Confira na íntegra a opinião de Fernanda Ribeiro sobre Bancarização:
Como promover a bancarização de forma realmente benéfica para o público
Por esse ponto de vista, fica ainda mais clara a importância de bancarizar as pessoas como forma de ajudar no seu crescimento pessoal e profissional.
Por esse motivo, cabe às empresas que fornecem essa condição também promover a educação financeira dos seus clientes.
A Conta Black, por exemplo, chegou a oferecer uma solução que disparava push (notificações) sempre que percebia registro de gastos excessivos em determinados segmentos.
Esse tipo de ação ajuda no controle de gastos e na conscientização da movimentação financeira.
O papel da tecnologia no processo de bancarização
Obviamente, todo o processo de bancarização só é possível com a ajuda da tecnologia, que deve ser utilizada para viabilizar diversos processos.
As soluções Banking as a Service permitem que empresas dos mais variados segmentos criem os seus próprios serviços financeiros.
O varejo, por exemplo, tem a oportunidade de promover a bancarização ao entregar produtos personalizados e acessíveis aos seus clientes.
Quer saber mais sobre essa nova vertical de negócio para a sua empresa e por que ela se tornou uma excelente oportunidade de crescimento?
Então leia o artigo “Como está a oferta e a adesão do Banking as a Service no Brasil e no mundo?”
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