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    negócios

    O que é open finance? Qual o impacto na economia brasileira?

    17 de janeiro de 2024
    Por Redação Zoop
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    O open finance, também conhecido como sistema financeiro aberto, é um fenômeno que veio para revolucionar o mercado financeiro no Brasil. 

    De forma resumida, o principal efeito dessa iniciativa é a transparência de dados bancários dos clientes de bancos e fintechs entre todas as instituições participantes desse ecossistema.

    Dessa maneira, as informações bancárias do cliente não são mais um monopólio da instituição financeira na qual ele tem conta. Esses dados são concentrados em uma plataforma para que todos os bancos e fintechs participantes, assim como os clientes, tenham acesso.

    O principal órgão por trás dessa novidade é o Banco Central (Bacen), que lançou as diretrizes de implementação desse programa em 2021 e os primeiros passos já foram dados em 2022.

    A previsão é de que, segundo a consultoria Oliver Wyman, o open finance alcance a marca de 60 milhões de usuários cadastrados até 2025. 

    Isso significa que, ano após ano, milhões de pessoas vão aprovar a transparência de seus dados e participar ativamente de um ambiente financeiro mais aberto, competitivo e com soluções mais personalizadas para as respectivas necessidades.

    Mas, afinal, o que é open finance na prática? Como está o processo de implementação desse fenômeno no Brasil? Qual a diferença entre ele, o open banking e o open everything? Será que essa nova realidade, de fato, vai trazer vantagens para todos os envolvidos?

    Nós separamos as respostas para todas essas perguntas no nosso guia completo sobre o open finance. Confira!

    O que é open finance?

    O sistema open finance é focado na criação de um ambiente financeiro mais transparente, em que os dados bancários autorizados de clientes possam ser compartilhados de forma segura e padronizada entre as instituições financeiras envolvidas no acordo, em especial, bancos e fintechs.

    Vale salientar que o cliente deve, primeiramente, autorizar o compartilhamento de seus dados para participar do open finance. Só após essa autorização é que ele estará cadastrado no sistema e com suas informações disponíveis.

    Ele pode decidir quais dados serão compartilhados, por quanto tempo e para qual instituição. Além disso, os clientes podem desistir da decisão de compartilhamento a qualquer momento.

    Mas como funciona o compartilhamento desses dados? Esse processo é possível graças à tecnologia de API (Application Programming Interface), ferramenta que garante a integração e comunicação entre os sistemas das diversas instituições financeiras participantes.

    As informações ficam concentradas em um único aplicativo com protocolos próprios de segurança. Nele, as informações poderão ser consultadas de forma padronizada e igualitária entre as instituições.

    Quais dados são compartilhados no open finance?

    Entendido o que é open finance, vamos falar agora da privacidade dos clientes e instituições. Afinal, no caso dos clientes, quais informações podem ser compartilhadas na plataforma central do programa? Veja:

    • informações básicas, como nome, CPF, data de nascimento, e-mail, endereço residencial e telefone;
    • histórico de compras, parcelamentos, transferências, pagamentos e transações diversas;
    • histórico de empréstimos concedidos ou solicitados, assim como informações gerais das transações, como taxa de juros, prazos e número de parcelas;
    • contratação de apólices de seguro, o que inclui prêmios, sinistros e coberturas utilizadas.
    • dados de investimentos em renda fixa ou variável (extratos de saques, rentabilidade, montante aplicado, recebimento de dividendos etc).

    E não são só os clientes que compartilham suas informações. As instituições também precisam prestar contas, como informações gerais do portfólio de produtos e serviços oferecidos.

    A propósito, os bancos e fintechs participantes também precisam apresentar:

    • extratos, rendimentos e transações das contas de investimento dos clientes;
    • histórico de operações realizadas pelos clientes, como pagamentos, saques e empréstimos;
    • detalhes sobre operações internas, estrutura organizacional e funcionamento de processos e sistemas, além de transações administrativas.

    Por fim, vale salientar que é responsabilidade das instituições garantir a segurança e as melhores práticas de armazenamento e compartilhamento dos dados dos seus clientes.

    Open finance: vale a pena?

    O objetivo central do open finance é a criação de um ecossistema financeiro mais aberto, colaborativo e inclusivo, que também propicia:

    • a consolidação de uma competitividade mais saudável e igualitária entre as instituições;
    • a garantia da inovação mais consistente no setor financeiro;
    • a ampliação do leque de condições e produtos bancários mais personalizados e voltados para a melhor experiência do cliente.

    Mas como o compartilhamento de dados dos clientes pode ajudar nesses quesitos?

    Essa transparência garante que as instituições possam avaliar o perfil financeiro e as demandas do cliente e, assim, oferecer produtos e serviços mais personalizados.

    Imagine, por exemplo, que você seja cliente do banco X, mas autorizou a divulgação dos dados na plataforma do open finance.

    Dessa forma, outras instituições podem ter acesso às suas informações e também conhecer quais produtos bancários você utiliza.

    Por fim, baseado nessa leitura, uma fintech Y pode oferecer produtos semelhantes com ainda mais vantagens e preços atrativos.

    Em resumo, essa transparência garante uma competitividade maior entre as empresas para oferecer soluções de qualidade que colocam a experiência do consumidor em primeiro lugar. Assim, o cliente terá mais autonomia para escolher seu banco.

    No open finance, os clientes podem acessar uma variedade maior de serviços, assim como podem comparar produtos financeiros, como seguros, investimentos e linhas de crédito, escolhendo as melhores opções disponíveis para solucionar seus problemas.

    Quais são as etapas do open finance?

    Não é de se admirar que projetos tão complexos como o open finance não sejam implementados do dia para a noite.

    Foi em fevereiro de 2021 que o Bacen instituiu a Resolução nº 1. Esse documento lança todas as diretrizes e etapas para a implementação do sistema financeiro aberto em nosso país.

    Nela, estava previsto um cronograma de quatro fases até que o projeto fosse integralmente aplicado e começasse a funcionar a todo vapor. As etapas iniciaram em fevereiro de 2021 e tinham previsão de conclusão em dezembro de 2022.

    A quatro etapas do open finance são as seguintes:

    Primeira fase

    Nesse momento inicial, foram estabelecidos o regulamento e as diretrizes para guiar o processo de cadastro das instituições financeiras no projeto. Aqui, foi aprovada a determinação do compartilhamento de dados cadastrais e o histórico de transação dos clientes.

    De maneira geral, a primeira etapa foi um momento de definição dos processos e do estabelecimento de canais de comunicação para entregar uma melhor explicação dos produtos e serviços bancários aos clientes.

    Segunda fase

    Em agosto de 2021, iniciou a segunda fase do open finance. Aqui, as informações dos clientes começaram a ser compartilhadas entre as instituições financeiras e o projeto passou a se tornar realidade.

    Informações de produtos financeiros, como histórico de investimentos, contratação de apólice de seguro ou transações de crédito, já passaram a constar na plataforma compartilhada, caso fossem autorizadas pelos clientes.

    Terceira fase

    A terceira fase, por sua vez, marcou a adoção da nova estrutura transacional financeira do open finance. Nesse momento, podemos destacar a implementação do Pix no processo.

    A ideia era garantir o fornecimento de toda a infraestrutura necessária de pagamentos ágeis e seguros no novo sistema financeiro.

    O Pix é um meio de pagamento inédito no Brasil. Ele faz transferências bancárias instantâneas entre contas de instituições diferentes, funcionando 24 horas por dia e 7 dias por semana, sem interrupções.

    Nos últimos anos, essa tecnologia implementada pelo Bacen já foi responsável por mais de 26 bilhões de transações, segundo dados do Governo Federal.

    Quarta fase

    Por fim, a quarta fase prevê a consolidação do open finance e o constante monitoramento desse novo sistema no mercado financeiro brasileiro.

    Por sinal, antes dessa quarta etapa, somente os bancos poderiam se cadastrar no projeto. Agora, qualquer instituição financeira, com a devida autorização do Bacen, pode participar dessa nova realidade.

    Como está a implementação do open finance no Brasil?

    O processo de implantação do open finance no Brasil está bem avançado e já vivemos a quarta etapa do processo. Em 2022, houve a introdução de fintechs no projeto, por exemplo.

    Essa autorização foi realizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e tem o potencial de promover profundas inovações no sistema financeiro brasileiro, segundo reportagem do Valor Econômico.

    Outros dados bancários estão sendo implementados no sistema de compartilhamento do programa, como é o caso dos seguros e investimentos.

    Atualmente, os clientes já podem avaliar e comparar detalhes dos portfólios de produtos e serviços de instituições diferentes. 

    Em suma, o cliente já está no centro da transformação e com autonomia para decidir quais soluções resolvem melhor suas necessidades.

    Qual a diferença entre open finance, open banking e open everything?

    Existe uma certa confusão de conceitos e nomenclaturas quando falamos de open finance, open banking e open everything. Mas, afinal, qual a principal diferença entre esses termos?

    Primeiramente, o que é open banking? Na verdade, o open finance é a extensão e o aprimoramento do projeto do open banking no Brasil. A filosofia é a mesma, mas a mudança de nome se deu em virtude da inclusão de outras instituições financeiras, para além dos bancos, no novo projeto do Bacen.

    A entrada de fintechs e outras empresas reconhecidas pelo Banco Central tornou o antigo nome, open banking, obsoleto. Daí então o open finance tornou-se o nome escolhido para consagrar essa revolução.

    Já o open everything é uma definição ainda mais ampla da filosofia que estamos abordando neste guia. Enquanto os outros dois conceitos tratam da abertura e transparência do mercado financeiro, o open everything eleva esse princípio para toda a sociedade.

    Esse movimento deseja promover a abertura dos governos, empresas de educação, instituições científicas e acadêmicas e outras organizações estratégicas para a transparência de dados, fomentando um diálogo mais claro com o resto da sociedade.

    Como o open everything é aplicado aos negócios? Na perspectiva desse movimento, as companhias passarão a:

    • compartilhar informações e tecnologias para impulsionar a inovação;
    • promover transparência mais ampla para o funcionamento de suas operações internas e organização estrutural do negócio;
    • divulgar conhecimento e informação para outras empresas, clientes e sociedade em geral;
    • incentivar ao uso de softwares open source (código aberto) para reduzir custos e incentivar a colaboração;
    • estimular a implementação de economia compartilhada, na qual recursos e bens de serviço serão compartilhados entre pessoas e corporações para garantir maior integração e reduzir custos operacionais.

    Open finance e impacto da tecnologia nas finanças

    Como podemos ver, nosso mundo vem se transformando profundamente em virtude da inovação tecnológica. E o segmento financeiro vem mostrando isso na prática.

    Indo além do open finance, hoje podemos notar o desenvolvimento de outras tendências que vem impactando profundamente o mercado.

    Uma delas é o banking as a service, uma nova modalidade de serviço que permite a aplicação de uma estrutura bancária pronta em organizações de outros segmentos que não o financeiro.

    Isso mesmo, empresas do varejo, por exemplo, podem oferecer soluções bancárias próprias — como cartão de crédito, empréstimo, conta bancária etc. — para seus clientes, como instrumento de fidelização. Um exemplo de ferramenta que vem brilhando nesse segmento é o Zoop Banking.

    Saiba mais detalhes sobre o Zoop Banking e, ainda, como o banking as a service vem impactando o mercado financeiro:

    E aí, gostou de aprender sobre as novas tendências do open finance e do mercado financeiro em geral? Fique de olho em todas as novidades do blog da Zoop para se manter antenado ao universo das finanças e tecnologia! Até a próxima!

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