Mesmo com a chegada de diferentes métodos de pagamento digitais, um dos preferidos dos brasileiros é o boleto bancário. Como funciona esse modelo de transação? Vamos entender um pouco mais sobre ele.
De acordo com uma pesquisa do E-commerce Brasil e do Sebrae, divulgada no Valor Econômico, 75% das pessoas que fazem compras online escolhem o boleto bancário como meio para realizar o pagamento das suas aquisições.
A mesma matéria revelou que, aproximadamente, 3,6 bilhões de boletos são gerados todos os anos no Brasil.
O fato de não precisar informar os dados de pagamento, assim como a facilidade de emissão, estão entre os motivos que fazem com que essa solução continue entre as preferidas dos consumidores.
Aliás, uma curiosidade sobre o boleto bancário que talvez você não saiba é que esse meio de pagamento é uma invenção nacional.
Sim! Até o momento, esse método só existe no nosso país e, desde sua criação, tem se posicionado como uma solução eficaz e que traz inúmeros benefícios, tanto para quem paga quanto para quem recebe.
Confira, neste artigo, tudo sobre boleto bancário: como funciona, qual a origem, quais as regras vigentes para esse meio de pagamento e suas principais vantagens.
Boleto bancário: como funciona?
O boleto bancário é um título de cobrança emitido por uma pessoa física ou jurídica para outra pessoa física ou jurídica, com um código de barras pagável em qualquer instituição financeira.
Criado e instituído pelo Banco Central em 7 de outubro de 1993, por meio da Carta Circular nº 2.414, esse documento bancário tem características gerais e formato desenvolvido pelo Centro Nacional de Estudos da Arrecadação Bancária (CENEABAN) e padronizado pela Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN).
Os elementos (informações) que compõem esse título de cobrança são:
- cedente ou beneficiário: pessoa ou empresa responsável pela emissão da cobrança, ou seja, quem receberá a quantia a ser paga;
- sacado ou pagador: pessoa ou empresa para quem o boleto é emitido. Assim, é quem deve efetuar o pagamento do valor descrito no documento;
- banco: instituição financeira responsável pela intermediação do pagamento;
- valor do documento: quantia a ser paga pelo sacado/pagador;
- data de vencimento: prazo limite para pagamento do valor sem cobrança de juros e/ou multas;
- código de barras: representação gráfica que armazena todos os dados anteriormente descritos.
A principal funcionalidade do boleto bancário é atuar como um título de cobrança. Na prática, ele funciona como um documento no qual um valor é cobrado de uma pessoa, que pode ser física ou jurídica, devendo ser quitado até a data de vencimento estipulada.
Esse pagamento, por sua vez, pode ser realizado de diferentes maneiras pelo pagador, conforme as determinações do cedente, por exemplo:
- internet banking;
- aplicativos bancários;
- pessoalmente em agências bancárias ou casas lotéricas.
Quanto tempo demora para o boleto cair?
Um ponto negativo para esse método é o tempo de compensação de boleto bancário. Após o cliente fazer o pagamento, o dinheiro ainda leva um tempo para chegar à conta bancária do credor.
O prazo estimado para que o valor esteja liquidado na conta destino é de até três dias úteis.
Isto é, se você fizer o pagamento em uma terça-feira, ele pode demorar até sexta-feira para cair na conta do destinatário.
Já se você fizer o pagamento em uma sexta-feira, ele pode ser compensado somente na quarta-feira, uma vez que sábado, domingo e feriados não são dias úteis.
Esse processo é um pouco mais demorado porque é o tempo em trânsito que o valor leva para sair de uma instituição bancária e ser liquidado em outra.
Nesse tempo, os bancos verificam se o pagamento foi feito de maneira correta (por exemplo, o número do boleto pode ter um erro de digitação) ou se, de fato, o pagador tinha saldo na conta.
Além disso, há uma atualização de sistema no banco destinatário, pois, antes de processar o valor na conta do destinatário, a instituição precisa receber uma confirmação. E essa comunicação pode atrasar um pouco!
Enfim, enquanto o pagamento por boleto bancário passa por etapas manuais e de compensação, as formas de pagamento mais modernas, como Pix e cartão de crédito e débito são mais rápidas e automatizadas.
Boleto bancário: como fazer a emissão?
Afinal, quem pode fazer emissão de boleto bancário? Esse procedimento pode ser feito por pessoas físicas ou pessoas jurídicas. Isso mesmo: essa não é uma exclusividade dos estabelecimentos comerciais.
Basta que a pessoa ou empresa tenha conta bancária ou adquira uma carteira de cobrança com as instituições.
Nos casos de boletos de cobranças registradas, o credor precisa inserir o CPF ou CNPJ do cliente nos dados do documento.
E, para realizar essa emissão como uma empresa, você pode contar com uma ferramenta de gerenciamento de boletos para fazer a conexão automática entre negócio, banco e consumidor.
Quais são os tipos de boleto bancário?
Entendeu como funciona o boleto bancário? Maravilha! Agora, vamos falar quais são os tipos de boletos disponíveis para emissão. Confira!
- Boleto simples: essa emissão é feita sem o controle ou registro bancário e existe desde 1993. Entretanto, ela não é recomendada, pois está mais suscetível às fraudes, já que não possui rastreamento.
- Boleto registrado: a partir de 2018, passou a ser obrigatório o registro bancário para controle e rastreio do pagamento. Isso tornou o método bem mais seguro e confiável.
Quais são as regras vigentes para esse meio de pagamento?
Entendido o que é boleto bancário e como funciona o método de pagamento? A seguir, vamos falar sobre as regras vigentes para esse modelo de transação.
Uma importante modificação pela qual passou esse meio de pagamento, e que foi gradualmente implementada, refere-se à Nova Plataforma de Boletos de Pagamento, também chamada de Lei do Boleto Bancário.
Trata-se de um sistema que visa modernizar o processo de liquidação dessa solução de pagamento. Para isso, foram criados e implementados mecanismos de controle, segurança e confiabilidade dos títulos.
A plataforma foi instituída pelas circulares nº 3.598/12 e 3.656/13. No caso, o Banco Central determinou que os boletos bancários passassem a ter dados mais pontuais da transação financeira, incluindo CPF ou CNPJ do beneficiário e do pagador, data de vencimento e valor do título.
Um dos principais motivos dessa mudança era reduzir o número de fraudes (emissão de boletos falsos). Com isso, o chamado “boleto simples” ou “boleto sem registro” — aquele que não é registrado e, por isso, os bancos não têm conhecimento — deixou de existir.
Esse processo, que se iniciou em 2015 e foi finalizado em 2018, também contou com outra importante alteração que beneficia, especialmente, os pagadores.
Antes da Nova Plataforma de Boletos de Pagamento, os boletos bancários vencidos só podiam ser pagos no banco emissor. Assim, o cliente providenciava o pagamento junto à instituição ou solicitava uma segunda via do boleto ao cedente, com os valores atualizados.
Contudo, desde 2018, os boletos bancários vencidos com valores iguais ou superiores a R$ 800 podem ser pagos em qualquer banco ou instituição financeira, incluindo as casas lotéricas, com atualização de juros e multas no momento do pagamento.
Aproveite e ouça este episódio do Papo na Nuvem:
Como está a atual adesão ao boleto bancário?
No início deste artigo, citamos uma pesquisa que aponta que o boleto bancário continua sendo bastante utilizado pelos brasileiros, lembra-se? Há várias outras razões que reforçam a importância de oferecer esse meio de pagamento para os clientes.
Um levantamento realizado pelo Opinion Box revelou que, no ranking geral de soluções de pagamento mais utilizadas pelos brasileiros na hora de pagar suas compras, o boleto bancário aparece em quarto lugar, com 59% da preferência dos consumidores.
Esse método de pagamento fica atrás somente do dinheiro (78%), do cartão de crédito (73%) e do cartão de débito (66%). Por outro lado, ainda passa à frente do Pix (50%) e das carteiras digitais (47%).
Considerando apenas as compras online, o boleto é o segundo mais utilizado, com 15%, perdendo apenas para o cartão de crédito, que tem 58% do uso.
Não deixe de ler: “Pagamento por boleto bancário: por que é tão importante oferecer essa opção de pagamentos?”
Quais as vantagens do boleto bancário?
Com base nesses números, se formos listar as principais vantagens de trabalhar com boleto bancário, a primeira seria atender às preferências dos clientes.
Como resultado desta oferta, as chances de perder boas vendas diminuem, visto que o comprador encontrará seu meio de pagamento preferido, o que o induz a concluir o processo de aquisição.
Adicionalmente, há outros benefícios de oferecer o boleto bancário como meio de pagamento aos consumidores. Entre os que mais se destacam, estão:
- oportunidade de vender para pessoas que não têm relacionamento bancário (conta corrente e/ou cartões);
- atendimento aos clientes que não têm cartão de crédito, ou que têm, mas não querem comprometer o limite, além dos que ainda têm receio de informar os dados de pagamento em plataformas de vendas;
- redução de custos operacionais para a empresa;
- possibilidade de oferecer descontos exclusivos.
Com o Zoop Payments, você tem uma plataforma acessível e facilmente implementável ao seu negócio para oferecer diversos métodos de pagamento para os clientes, como: boleto, carteiras digitais, cartões de crédito e débito, Pix e afins.
Achou interessante? Quer saber mais sobre esse meio de pagamento? Então, aproveite que está aqui no blog da Zoop e leia agora mesmo o artigo “Como fazer um boleto bancário? Por que entender isso ainda vale a pena?”
