Lançamento do Pix: o que já está acontecendo? Como se preparar?
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O lançamento do Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, foi oficialmente no dia 16 de novembro.
No entanto, desde o último dia 3, esse novo meio de pagamento começou a funcionar para um grupo restrito de usuários bancários.
Nessa primeira fase, que vai foi até o dia 8 deste mês, as instituições participantes do Pix devem selecionar entre 1% a 5% da sua base de clientes para que esses comecem a utilizar o novo sistema.
A porcentagem de participantes vem aumentando gradualmente desde esta data, até que no dia do lançamento do Pix todos os clientes que cadastraram as suas chaves possam utilizar a solução.
Como a sua empresa pode se preparar para oferecer essa opção de pagamento aos seus clientes agora e quando ela for oficial? Confira essas e outras informações!
Sobre o Pix
Para quem ainda tem dúvidas sobre o que é Pix, ele é o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central. Essa nova solução permite que pagamentos e transferências de valores sejam efetivados em até 10 segundos, a qualquer hora ou dia da semana.
Para isso, basta que os envolvidos na transação tenham uma conta corrente, conta poupança, ou conta de pagamento pré-paga.
A ideia do Banco Central com esse sistema de pagamento instantâneo é otimizar esse processo, aprimorando, assim, a experiência dos clientes. Além disso, o novo sistema também visa:
- baixar os custos das operações bancárias;
- fomentar a competitividade entre os players;
- colaborar para o processo de inclusão financeira;
- impulsionar a digitalização dos sistemas de pagamento.
Entenda tudo sobre o Pix ouvindo este episódio do podcast Papo na Nuvem:
O pré-lançamento do Pix
Estão participando do lançamento do Pix 762 instituições aprovadas pelo Banco Central.
Vale lembrar que a oferta desse meio de pagamento é obrigatória a todos os bancos e empresas fintechs com mais de 500 mil contas de clientes ativas. Por essa definição, a participação de players com bases menores é facultativa.
Entretanto, considerando todas as oportunidades que essa solução oferece, a sua oferta se tornou bastante interessante tanto para quem já atua no mercado de serviços financeiros quanto para quem pretende entrar.
Não deixe de ler “Soluções para varejo: como o Pix e outros meios de pagamento ajudam a aumentar as vendas?”
Como mencionado, o processo de lançamento do Pix, ainda que não na sua totalidade, teve início no último dia 3 de novembro, com a liberação de uso para grupos de clientes escolhidos pelas próprias instituições participantes.
De acordo com dados do Banco Central, apenas no primeiro dia foram liquidadas no Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) mais de 2.300 mil transações, o que representa mais de R$ 210 mil movimentado.
Considerando esses números, é possível crer que o Pix tem tudo para ser uma opção de pagamento bastante utilizada pelos consumidores. Por isso, é bem importante tê-lo como mais uma opção na sua empresa.
Os impactos do lançamento do Pix
Não se pode negar que o lançamento do Pix causará considerável impacto no mercado financeiro.
Ainda que esse novo sistema tenha inúmeros pontos positivos, muitos participantes, especialmente os que trabalham com “maquininhas”, temem sofrer queda no faturamento por esse meio de pagamento.
Uma pesquisa realizada pela Roland Berger, empresa alemã de consultoria, estima que o mercado de adquirência pode perder até R$ 13 bilhões devido ao Pix.
No entanto, é fundamental deixamos bem claro que o Pix é uma opção de pagamento, ou seja, ele não foi criado com o objetivo de substituir as demais de forma definitiva.
Todas as outras soluções, tais como cartão de crédito, de débito, TED, DOC e boleto continuam existindo, e cada uma manterá a sua importância e funcionalidade.
Por exemplo, é preciso considerar que o Pix não permite o parcelamento de compras. A sua transação é de valores imediatos e, para isso, é preciso que o pagador disponha do valor total na sua conta. Nesse ponto, o cartão de crédito continuará sendo a melhor opção para o cliente.
Além disso, as máquinas de cartão podem se adaptar a esse novo cenário, recebendo tecnologias que permitam, por exemplo, a inclusão de QR Code. Dessa forma, o cliente fará a leitura do código com o seu celular diretamente desse equipamento.
Não podemos deixar de citar também a questão cultural e operacional. Ainda que a digitalização do dinheiro seja uma crescente, muitas pessoas ainda têm receio de utilizar novas soluções.
Somado a isso, é preciso que o usuário bancário esteja conectado com internet para realizar o Pix, e sabemos que, muitas vezes, isso pode não ser possível. Quando situações assim acontecem, os cartões continuam sendo a melhor alternativa para pagamento.
Quem mais se beneficiará com a chegada do Pix
Obviamente, os usuários bancários são o centro dessa solução e, por isso, serão os maiores beneficiados com a chegada do Pix.
Mas a pesquisa da Roland Berger também destacou que esse novo meio de pagamento será um importante ponto de crescimento para variados modelos de negócio.
Entre os que mais vão se beneficiar estão os bancos digitais, empresas que oferecem carteiras digitais aos seus clientes e os grandes varejistas.
Dos motivos que resultam nessa condição mais favorável estão:
- diminuição da barreira de aceitação por serviços financeiros digitais;
- oportunidade de melhorar a experiência de compra do cliente, aprimorando o relacionamento;
- chance de gerar novas oportunidades de negócios e de se destacar dos concorrentes.
Ainda não entrega produtos financeiros aos seus clientes? Então não deixe de ler este artigo: “Plataforma Banking as a Service: como criar hoje o banco do futuro!”
O ponto de vista dos players sobre o lançamento do Pix
A Zoop encomendou à FGV, Fundação Getúlio Vargas, uma pesquisa exclusiva sobre os impactos do lançamento do Pix.
Entre as 270 empresas parceiras ouvidas, 12,6% acreditam que o novo sistema será importante apenas nos pontos de venda físicos; e 23,3% nas transações de pagamento do mundo online.
Para alguns, a modalidade débito será a mais impactada, uma vez que o QR Code substituirá facilmente essa função.
Em uma escala de 0 a 10, os participantes da pesquisa deram nota 5,9 para o impacto do Pix ao seu negócio, destacando a possível obsolescência do boleto, já que as transações serão instantâneas e dispensam a espera por compensação.
Um ponto bem interessante levantado na pesquisa é que apenas 36,3% dos entrevistados acreditam que o novo sistema de pagamentos vai contribuir positivamente para a parcela de pessoas desbancarizadas.
Além disso, 52,2% consideram que a adoção do Pix será mais rápida e predominante entre os consumidores com até 30 anos, ou seja, a população mais jovem.
Quando perguntados sobre quais seriam as principais vantagens do pagamento instantâneo para o consumidor final, os participantes da pesquisa responderam:
- transferência instantânea (61,1%);
- simples de usar (51,5%);
- mais barato (41,3%);
- outros motivos (2,2%).
Quanto às vantagens do lançamento do Pix para as empresas, confira na imagem abaixo a opinião dos entrevistados:
Como se preparar para o lançamento do Pix oficialmente
O lançamento do Pix tem sido muito aguardado, especialmente por ser considerado uma excelente maneira de incentivar o consumo e impulsionar novamente a economia.
Entenda mais sobre esse ponto de vista no artigo “Qual o papel do pagamento instantâneo na crise? Como, e quanto, o Pix vai contribuir para a retomada econômica do varejo pós-pandemia?”
O primeiro passo para incentivar os clientes a utilizarem esse novo meio de pagamento é o cadastro das chaves.
As chaves do Pix são dados que o usuário escolhe para representar a sua conta bancária. Ou seja, ao invés de sempre ter que digitar o número da agência e da conta, basta entrar com a chave para efetivar a transação.
As chaves do Pix podem ser:
- número do CPF e/ou do CNPJ;
- número do celular;
- endereço de e-mail;
- chave aleatória, que é um conjunto de letras e números gerados pelo Banco Central.
Segundo o BC, quase 61 milhões de chaves já foram cadastradas, sendo mais de 58 milhões de pessoas físicas e mais de 2 milhões de pessoas jurídicas.
Na ordem de preferências de chaves, a primeira foi o CPF (22.230.169), seguido do número do celular (14.857.284), chaves aleatórias (11.624.321), e-mail (10.687.720) e CNPJ (1.207.920).
Esse cadastro é feito diretamente na conta do usuário. Assim, se a sua empresa já opera como um banco digital, basta disponibilizar esse cadastramento aos seus clientes a qualquer tempo, e não apenas antes do lançamento do Pix.
Oferecendo o Pix como meio de pagamento aos seus clientes
Existem duas maneiras de inserir essa solução ao seu negócio. A primeira é incluindo o Pix na sua plataforma de adquirência.
A segunda é transformando a sua empresa em um verdadeiro banco digital, sem desviar do seu core business.
Por meio de uma plataforma Banking as a Service, BaaS, você entrega ao seu público conta digital, cartão (de débito, crédito e/ou pré-pago), serviços de transferência entre contas e outros serviços financeiros incríveis.
O Zoop Banking é uma plataforma BaaS que permite que a sua empresa ofereça diversas soluções, e tudo com a sua marca, totalmente livre de barreiras regulatórias.
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