
Meios de pagamento no Brasil: quais são os maiores desafios?

A escolha de bons meios de pagamento é essencial para melhorar a jornada de compra dos consumidores e para potencializar a rentabilidade de uma companhia.
Quanto a isso, é bem importante que você tenha em mente que disponibilizar os métodos de pagamento certos, compatíveis com o perfil e preferências do público-alvo da sua empresa, é uma das maneiras de atrair e fidelizar clientes.
Essa constatação foi apontada no nosso Relatório de Tendências, o qual revelou que 80% das pessoas deixam de finalizar um pedido quando não encontram o meio de pagamento favorito.
Ou seja, não ampliar esse leque pode levar o seu negócio a perder importantes oportunidades de vendas e, consequentemente, de elevar a lucratividade.
Mas apesar de o Brasil ser um país que se destaca quando o assunto são soluções de pagamento — o Pix está aí para provar isso — ainda há muitos desafios que precisam ser enfrentados nesse setor.
Esses desafios, por sua vez, podem dificultar a ampliação dos métodos oferecidos pelas empresas, seja por questões tecnológicas, regulatórias, ou mesmo sociais.
Mas quais seriam esses obstáculos? De que modo eles podem ser superados? Será que essas adversidades afetam o crescimento do seu negócio?
Siga a leitura deste artigo e confira, agora, as respostas para essas e outras perguntas sobre este tema!
O atual cenário do mercado de pagamento nacional
O Brasil é um país que se destaca dos demais quando o assunto são meios de pagamento. Duas provas disso são o Pix e o boleto bancário.
O sistema de pagamentos instantâneo, por exemplo, em 2021 venceu na categoria “Inovação de Pagamentos”, na premiação Fintech & Regtech Global Awards, conforme citado em uma matéria do site Exame.
Competindo com bancos centrais de todo o mundo, o Banco Central do Brasil levou o prêmio com o Pix por conta de critérios como eficiência e velocidade atribuídas à solução.
Seguindo a mesma linha, o boleto bancário também é uma invenção brasileira, e um dos métodos de pagamento mais usados — 56% de uso, conforme apontado na pesquisa do Opinion Box.
Esse mesmo levantamento citou quais são as formas de pagamento existentes no Brasil mais usadas na hora de pagar uma compra.
Além do boleto que ocupou o 5° lugar nesse ranking, também foram citados:
- cartão de crédito: 80%;
- Pix: 77%;
- dinheiro: 73%;
- cartão de débito: 66%;
- carteiras digitais: 53%;
- débito automático: 40%;
- transferência bancária: 39%;
- QR Code: 34%;
- cartão de loja (private label): 28%;
- cheque: 15%
Ainda que com todo esse cenário favorável e promissor, o uso e a oferta de meios de pagamento no nosso país enfrenta alguns desafios.
Os 5 maiores desafios dos meios de pagamento no Brasil
Quanto aos obstáculos de meios de pagamento que bancos, fintechs e empresas dos mais variados setores precisam superar, os que mais se destacam são:
- garantir a seguranças dos dados transacionados;
- evitar fraudes e golpes financeiros;
- lidar com o alto número de desbancarizados e com a desigualdade social;
- acompanhar a digitalização acelerada;
- atender aos critérios regulatórios.
Garantir a seguranças dos dados transacionados
Não são raras as pessoas que deixam de comprar online por receio de digitar seus dados financeiros e sofrer um ataque virtual. Nas vendas presenciais, o medo de ter o cartão clonado, por exemplo, também existe.
A fim fomentar o uso de métodos de pagamentos, principalmente os digitais, cabe aos negócios adotarem diferentes camadas de segurança, tais como certificados digitais e sistemas antifraude.
Somado a isso, é essencial garantir que todas as práticas implementadas estejam de acordo com o determinado pela LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.
O artigo “Pagamentos e segurança: como deixar a sua empresa e clientes mais seguros?“, em diversas orientações que ajudarão você sobre isso.
Evitar fraudes e golpes financeiros
O Mapa da Fraude, elaborado pela empresa de soluções antifraude ClearSale, mostrou que no 1° semestre de 2022, 2,8 milhões de tentativas de golpes foram aplicadas no comércio eletrônico nacional, provenientes de 165 milhões de pedidos realizados,
No mesmo período do ano anterior foram contabilizadas 2,6 milhões, relativas a 152 milhões de pedidos.
Esses números indicam que, na mesma proporção que o volume de vendas no e-commerce cresce, cresce também as ações de golpista.
Considerando que as vendas online seguem em constante crescimento, é fundamental que as empresas que fazem negociações dessa forma adotem medidas que protejam seus negócios e clientes.
Falando especificamente do mercado financeiro, as práticas fraudulentas no mesmo período englobaram:
- abertura ilegal de contas digitais;
- golpes via Pix;
- empréstimos pessoais;
- CDC (Crédito Direto ao Consumidor).
Das 19 milhões de propostas e transações analisadas, 527 mil foram alvo de tentativa de fraudes. Ou seja, 2,71% desse total.
Lidar com o alto número de desbancarizados e com a desigualdade social
Por mais que haja uma vasta oferta de meios de pagamento online e presenciais, ainda há um alto número de brasileiros que não têm acesso a esses recursos.
A pesquisa “Meios de Pagamento no Brasil”, realizada pela Fundação Dom Cabral com o apoio da companhia de transporte de valores Brink’s Brasil, mostrou que 38,5% da população brasileira adulta não tem conta bancária.
Essa condição dificulta que essas mesmas pessoas consigam adquirir vários dos métodos de pagamento existentes, tais como cartão de débito e cartão de crédito.
Somado a isso, é preciso lidar também com a desigualdade social, situação que também ajuda a elevar a quantidade de desbancarizados.
O mesmo relatório revelou que, quanto menor a escolaridade e a renda familiar, maior é o percentual de brasileiros que não têm nenhum tipo de relacionamento bancário.
Dica! Não deixe de ouvir este episódio do Papo na Nuvem, podcast de tecnologia financeira da Zoop!
Acompanhar a digitalização acelerada
A digitalização foi responsável pelo aprimoramento de diversos setores, com forte destaque para o mercado financeiro e para as soluções de pagamento.
Entretanto, um dos desafios é as empresas acompanharem, no mesmo ritmo que acontecem, as diversas novidades que são lançadas nesse setor.
O Pix, por exemplo, segue uma agenda evolutiva que, gradualmente, libera novas funções para seus usuários. Entre as mais recentes estão o Pix Saque e o Pix Troco.
Para que os negócios se adequem a essas novidades, e consigam inserir recursos como esses em suas plataformas de venda, é bastante indicado usarem plataformas de pagamentos robustas e flexíveis, que permitam a inclusão de soluções de maneira fácil, conforme elas são disponibilizadas.
Atender aos critérios regulatórios
Mas, para a questão anterior, é preciso pensar também no atendimento dos critérios regulatórios definidos pelos órgãos reguladores.
Apesar de todo o trabalho do Banco Central para fomentar e facilitar a entrada de novos players no mercado financeiro, é certo que muitas regras requerem conhecimento e a tecnologia certa para serem atendidas.
Considerando que há companhias que não são nativas desse setor, uma das melhores maneiras de resolver esse obstáculo é fechar parceria com uma Fintech as a Service.
Uma FaaS, como também pode ser chamada, é uma fintech que oferece para outras fintechs, startups e negócios dos mais variados segmentos a tecnologia necessária para adentrarem no mercado financeiro, e tudo alinhado às regulamentações vigentes.
A Zoop, por exemplo, trabalha dessa forma!
Leia agora mesmo o artigo “Fintech as a service: o que é e por que você deve contratar uma“, confira como essa parceria funciona e como a Zoop pode ajudar a sua empresa a enfrentar esse desafio!
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