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    Open Finance: o que é senha de acesso e senha de transação?

    20 de novembro de 2023
    Por Redação Zoop
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    O Open Finance pode ser definido como um sistema de compartilhamento de dados e histórico bancário mais abrangente, pois, além do que é contemplado no Open Banking, inclui outros produtos e serviços, como os oferecidos por corretoras, empresas de cartão de crédito e seguradoras.

    Explicando de outro modo, o Open Banking compreende todas as áreas financeiras e não financeiras, com o objetivo de aumentar a competitividade desse setor e fomentar a criação de novos produtos e serviços.

    Com o aumento da adesão ao Sistema Financeiro Aberto, como também pode ser chamado, muitos clientes bancários estão se deparando com uma solicitação das instituições financeiras que os deixa sem saber o que fazer, que é o fornecimento de senha bancária para acesso às movimentações monetárias.

    Como todos sabem, a senha é uma importante camada de proteção que jamais deve ser entregue a terceiros, por conta do risco de golpes, fraudes e perdas financeiras. 

    Então, como participar desse sistema com segurança, se a liberação da senha se tornou um dos critérios para análise de crédito do cliente bancário?

    Para ter essa resposta, siga a leitura deste artigo e confira o que é Open Banking, porque as senhas estão sendo solicitadas e qual a diferença entre senha de acesso e senha de transação.

    O que é Open Finance?

    O Open Finance é a evolução do Open Banking, e consiste na expansão dos benefícios do compartilhamento de dados e históricos bancários, contemplando muito mais serviços que a proposta inicial desse sistema, a exemplo de investimentos, seguros, câmbio, previdência, entre outros.

    Mediante prévia autorização do titular da conta, instituições financeiras com as quais o cliente ainda não tem relacionamento bancário recebem permissão para acessar seu cadastro e movimentações financeiras.

    A ideia é tornar o processo de contratação de serviços e a liberação de crédito muito mais simples, precisa e personalizada. Isso é possível porque não é preciso construir um relacionamento bancário do zero, condição que, comumente, afeta a análise do perfil do usuário.

    Quais as vantagens desse sistema?

    Ao ter acesso à vida financeira do cliente, bancos, instituições financeiras e demais empresas que atuam nesse setor obtêm uma visão mais precisa do seu perfil, hábitos, comportamento de compra e de pagamento.

    Essas informações são essenciais para liberação de produtos e serviços financeiros, bem como definição de limites, regras, valores, prazos, entre outros quesitos relacionados.

    Considerando que diversas instituições financeiras podem ter acesso à conta do cliente — desde que esse permita —, a competitividade aumenta, pois somente conseguirá estabelecer um relacionamento com ele aquela que apresentar as melhores ofertas e condições.

    Para os clientes bancários, certamente, essa é uma grande vantagem, visto que pode resultar em custos menores e contratação de soluções mais alinhadas às suas necessidades. 

    Já para as empresas do mercado financeiro, especialmente as menores, a grande oportunidade está em conseguir competir de igual para igual com grandes bancos e, com isso, conquistar mais espaço nesse setor.

    Dica de leitura: “Iniciador de pagamentos no Open Finance: o que você precisa saber sobre esse serviço?

    Como está a adesão do Open Finance no Brasil?

    Segundo o Relatório Anual 2022 do Open Finance, 18,7 milhões de consentimentos ativos foram obtidos entre março de 2022, período que a coleta oficial de dados iniciou, e dezembro do mesmo ano.

    A projeção é que esse número represente cerca de 7,2 milhões de pessoas, considerando uma média de 5,2 contas por pessoa. 

    Conforme mencionado nesse levantamento, essa adesão é ligeiramente maior que a contabilizada no Reino Unido, que é uma das referências mundiais desse sistema e que já está no quinto ano de operação, enquanto o Brasil está apenas no segundo.

    Tomando como base que mais de 180 milhões de brasileiros têm conta bancária, significa que 4% desse montante já autorizaram o compartilhamento de seus dados e histórico financeiro.

    E, ao que tudo indica, essa adesão tem tudo para aumentar. A pesquisa Open Finance Brasil 2023 revelou que o receio dos brasileiros de compartilhar os dados bancários diminuiu com o passar do tempo.

    No estudo de 2021, o percentual de pessoas que se preocupavam com essa partilha era de 45,8%. Já em 2023, esse número caiu para 34%.

    Comparando o intervalo entre esses anos, as principais preocupações que tiveram queda, foram:

    • insegurança sobre crime financeiro: de 48% para 36%;
    • preocupação com a forma como os dados serão usados: de 45,8% para 34%;
    • o medo da perda do anonimato dos dados: de 43% para 29%; 
    • receio com a falta de proteção de dados: de 41% para 28%.

    Aproveite e leia também este artigo: “O que é Open Insurance? Entenda o conceito, como vai funcionar e se vale a pena

    Por que está sendo solicitada senha no Open Finance?

    As senhas estão sendo solicitadas no Open Finance porque muitas instituições financeiras participantes desse sistema estão criando plataformas próprias para o compartilhamento de dados. Contudo, para visualizarem as movimentações dos clientes, é preciso que eles liberem a senha de acesso da conta.

    A ideia por trás da construção dessas plataformas é garantir que transações financeiras não sejam realizadas sem autorização, e também para evitar o roubo ou vazamento de dados e informações.

    Nesse ambiente digital, que fica à parte do original da empresa financeira, é possível fazer a leitura de todo o histórico e comportamento bancário do usuário, sem o risco de realizar algum movimento indevido. Todavia, esse processo só é realizado com uma senha.

    Antes de explicarmos qual é essa senha, é bem importante destacarmos um ponto: ainda não há uma padronização dos sistemas do Open Finance. Contudo, como comentamos, muitos bancos estão criando plataformas específicas para se conectarem a instituições de crédito.

    Caso o cliente tenha dúvidas sobre a solicitação de senha ser mesmo da instituição financeira para a qual autorizou o compartilhamento de dados, o mais prudente a fazer é entrar em um contato por um dos canais de atendimento para confirmar o pedido.

    O que é senha de acesso?

    A senha de acesso é a utilizada para entrar na conta bancária no ambiente virtual. Isto é, para acessar o internet banking ou o aplicativo do banco. Ela tem apenas essa função, por isso, não é possível fazer qualquer tipo de movimentação financeira apenas com ela.

    É justamente essa senha que é solicitada pelos bancos, instituições financeiras e empresas de crédito para visualizar o histórico dos clientes e, a partir dessa análise, oferecer os produtos e serviços mais alinhados com o comportamento financeiro do usuário.

    O que é senha de transição?

    Já a senha de transação é a que movimenta os valores. Ela é a usada para autorizar pagamentos e transferências eletrônicas, a exemplo do Pix, bem como para concluir movimentações presenciais com cartão de débito e cartão de crédito.

    Como é de conhecimento de todos, essa senha não pode ser passada a terceiros. Afinal, uma vez que se tem acesso a ela, todo valor que está na conta, seja na corrente ou poupança, podem ser livremente movimentados.

    Nenhuma instituição financeira, ainda que seja participante do Sistema Financeiro Aberto, pode solicitar a senha de transação ao cliente, mesmo que ele tenha autorizado o compartilhamento de dados bancários.

    Não deixe de ler este artigo: “Pix com cartão de crédito: já é possível fazer? Vale a pena aceitar?

    Qual a diferença entre senha de acesso e senha de transação?

    Como você pôde ver, a principal diferença entre senha de acesso e senha de transação é a função de cada uma.

    Enquanto a primeira somente autoriza a entrada nos canais bancários digitais para consulta de valores e histórico de movimentações, a segunda libera a transação financeira, propriamente dita.

    Para esse conceito ficar mais claro, relembre como é o fluxo quando você acessa o aplicativo bancário para fazer um Pix, por exemplo.

    Exemplo de senha de acesso e senha de transição

    Primeiro, você abre o app do banco no qual tem conta e digita a senha de acesso. Comumente, ela contém mais números (geralmente entre 6 e 8), e algumas podem ter também letras na sua composição.

    Se você quiser apenas ver seu saldo ou extrato, somente a entrada dessa senha é suficiente. Uma vez que ela é aceita pelo app, você pode navegar pelas telas do aplicativo e fazer quantas verificações quiser.

    Porém, seu objetivo neste exemplo é fazer um Pix, certo? Então, é preciso procurar essa função no app, indicar o valor, a chave do recebedor do valor e, após conferir os dados, inserir a senha de transação. Essa costuma ser menor, formada por 4 ou 6 dígitos, e somente por números.

    O aplicativo bancário então reconhece sua senha de transação, valida a operação e libera o valor do Pix.

    Por questões de segurança, é fundamental que a senha de acesso e a senha de transação sejam diferentes. Também como meio de induzir a essa diferenciação, os bancos costumam trabalhar com quantidade distinta de dígitos entre um tipo de senha e outra.

    Extra! E já que usamos o Pix como exemplo, aproveite e confira agora mesmo, no vídeo abaixo, como funciona o Pix da Zoop.

    Quais as novidades do Sistema Financeiro Aberto?

    O Sistema Financeiro Aberto é dividido em quatro partes, sendo que a primeira foi iniciada em 1° de fevereiro de 2021. Desde então, seguindo um cronograma pré-estabelecido pelo Banco Central, novas funcionalidades e liberações estão sendo inseridas.

    Segundo matéria publicada no site InfoMoney, em 28 de setembro de 2023, uma nova etapa foi iniciada. Chamada de Open Investments, essa fase traz aos clientes bancários a estrutura necessária para liberação de acesso aos seus investimentos.

    Com isso, empresas participantes desse ecossistema, que aderiram ao Open Banking, podem verificar os produtos de investimento dos usuários bancários — tais como ativos de renda fixa, variável e fundos — e, com base nas percepções colhidas, oferecer novas oportunidades de aplicações financeiras.

    Como funciona o Open Investments?

    No Open Investment os clientes bancários podem autorizar instituições financeiras que trabalham com investimento a verificarem os fundos que eles já têm. 

    O objetivo é o mesmo buscado desde o início do Sistema de Financeiro Aberto, quando ainda era chamada de Open Banking, ou seja, dar ao cliente bancário pleno poder sobre seu histórico financeiro, a fim de facilitar a identificação do melhor produto ou serviço, de acordo com seu perfil e necessidades.

    Para os usuários, o Open Investment é vantajoso pois permite, por exemplo, uma comparação entre as ofertas, verificando, mais facilmente, pontos com taxas e tarifas cobradas, tipos de investimentos oferecidos, entre outros relacionados.

    Para o mercado de investimento, mais competição fomenta a criação de novas soluções e abordagens, colocando instituições financeiras tradicionais e corretoras independentes no mesmo nível de disputa para chamar a atenção e reter o cliente.

    A implementação do Open Investment é gradativa, e a participação dos grandes bancos é obrigatória. Porém, para bancos digitais e corretoras, essa etapa é opcional e voluntária.

    Entre as diversas possibilidades desse novo ecossistema, algumas que se destacam são:

    • recomendações hiperpersonalizadas de investimento aos clientes, totalmente compatíveis e alinhadas aos perfis de investidores e comportamento financeiro;
    • realização de aplicações automáticas entre empresas do setor;
    • melhor oferta de assessoria de investimentos.

    O que mais pode ser feito por esse sistema?

    Se sua empresa é voltada para pagamentos, há uma funcionalidade do Sistema Financeiro Aberto que pode ser bem interessante, que é o iniciador de pagamento.

    O iniciador de pagamento no Open Finance permite que instituições financeiras e demais empresas que oferecem soluções nesse setor (desde que autorizadas pelo Banco Central) a atuarem como iniciadores de pagamentos e transferências de valores via Pix.

    Esse recurso faz parte da terceira fase desse sistema, e tem como principal objetivo tornar o processo de pagamento via Pix no e-commerce brasileiro mais fluido, prático, simples e otimizado.

    Achou interessante e quer saber como esse iniciador de pagamento funciona? Então, aproveite que está aqui, no blog da Zoop, e confira todos os detalhes no artigo: “Iniciador de pagamentos no Open Finance: o que você precisa saber sobre esse serviço?

     

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