Cronograma Open Banking: quais foram os resultados da primeira fase e o que mudou na implementação?
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De acordo com o atual cronograma Open Banking, desde 13 de agosto de 2021, os clientes bancários podem decidir se querem, ou não, compartilhar os seus dados com outras instituições, além das que já mantêm relacionamento.
Nessa segunda fase do Open Banking Brasil será possível compartilhar informações como nome, endereço, extrato e saldo bancário, se assim o usuário desejar e autorizar.
Vale destacar que, entre os objetivos do sistema financeiro aberto, estão fomentar a competitividade do setor, reduzir custos para o cliente bancário e colaborar com a criação de novos produtos e serviços financeiros.
Entenda mais sobre o Open Banking assistindo este vídeo da Zoop:
Pode ser algo novo por aqui, mas o Open Banking no mundo já é uma realidade. No Reino Unido, por exemplo, o sistema está operando desde 2018 — uma pesquisa da PwC estima que, até 2022, a implementação nessa região resultará em 7 bilhões de libras geradas em novas receitas.
Recentemente, o Banco Central se pronunciou sobre o cronograma do Open Banking, momento em que citou que o novo calendário mantém algumas datas, mas prevê a implementação total do sistema financeiro aberto apenas para setembro de 2022.
Dito isso, o que se pode esperar das próximas fases do Open Banking? Quais foram os resultados obtidos na primeira etapa? Confira essas e outras informações agora!
Quais foram os resultados da primeira fase do Open Banking?
Seguindo o cronograma Open Banking a primeira fase, que teve início em 1º de fevereiro de 2021, contou com 99,67% de aproveitamento das APIs.
A API Open Banking é um conjunto de protocolos e padrões de programação que permitem que um sistema bancário se comunique com o outro e, dessa forma, possibilite o compartilhamento dos dados dos clientes.
De acordo com o exposto pelo Diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, publicado no portal da Folha de S. Paulo, foram mais de 26 milhões de integrações entre as instituições participantes do sistema financeiro aberto.
Vale destacar que essa primeira etapa visava apenas o compartilhamento de informações sobre os canais de atendimento, produtos e serviços dos bancos, fintechs e instituições financeiras que aderiram ao sistema.
Não deixe de ouvir este episódio do Papo na Nuvem, podcast de tecnologia de serviços financeiros da Zoop.
Qual é o atual cronograma Open Banking?
Pelo cronograma Open Banking é na segunda fase, iniciada em 13 de agosto de 2021, que os usuários bancários poderão consentir, ou não, sobre o compartilhamento das suas informações.
Já na terceira fase, prevista para iniciar em 29 de outubro de 2021, contempla a possibilidade de encaminhamento de propostas de operações de crédito, e também dos participantes compartilharem serviços de iniciação de transações de pagamento.
A quarta fase, que tem previsão de início em 15 de dezembro de 2021, incluirá o compartilhamento de informações de investimentos, seguros, operações de crédito, previdência complementar e contas-salário.
Justamente nessa última fase, o Banco Central passará a chamar o Open Banking de Open Finance, visto que o sistema de compartilhamento de dados se tornará muito mais abrangente.
Entenda mais sobre esse novo termo no artigo: “Open Finance: desafios e oportunidades do novo conceito”
O que mudou na implementação do Open Banking Brasil?
A Resolução BCB nº 109, de 24 de junho de 2021, que estabeleceu as alterações no cronograma Open Banking, coloca para 30 de setembro de 2022 a implementação de todos os serviços que contemplarão o sistema financeiro aberto.
De acordo com o órgão regulamentador, os ajustes nas datas visam, por exemplo, permitir a iniciação de transações de Pix pelos iniciadores de transação de pagamento que aderiram ao ecossistema, bem como a apresentação de prazos para entrada de outros arranjos relacionados.
Dica de leitura: “Pix e Open Banking: qual a relação entre esses serviços e as vantagens para empresas e clientes?”
Quais benefícios esse sistema traz para os clientes bancários?
Antes da proposta do Open Banking, os dados bancários dos clientes eram vistos como “propriedade” dos bancos nos quais mantinham as suas contas, investimentos e produtos financeiros relacionados.
Assim, sempre que desejavam iniciar um relacionamento com uma nova instituição, isso era feito do zero. Essa falta de visibilidade do histórico e do comportamento financeiro do cliente dificultava esse processo e limitava o seu acesso a serviços, créditos etc.
Já com o sistema financeiro aberto, o cliente é o real detentor dos seus dados e pode compartilhá-los com quais instituições quiser.
Isso dá a ele, por exemplo, a possibilidade de montar o seu próprio banco, por meio da junção de diferentes soluções oferecidas por empresas financeiras distintas.
Quais as vantagens do Open Banking para as empresas do setor financeiro?
O Open Banking do Banco Central está sendo visto como um potencial acelerador para o crescimento das empresas utilizando, para isso, a tecnologia.
Especialmente os varejistas que já trabalham com a oferta de produtos e serviços financeiros agregados aos seus portfólios, o sistema financeiro aberto vai contribuir para conhecerem melhor os seus clientes e, com isso, criarem soluções ainda mais personalizadas e alinhadas às suas necessidades.
Outra vertente que tem tudo para se beneficiar é a do mercado de crédito. A influência do Open Banking gerará maior competitividade e, como resultado dessa disputa, a diminuição dos custos para os usuários.
Além disso, vai mitigar os riscos das concessões de valores, uma vez que o sistema financeiro aberto facilita o processo de análise de crédito do solicitante.
Mais um ponto bem importante é que o Open Banking Brasil contribuirá para o fim do monopólio bancário, considerando que colocará bancos tradicionais, fintechs e demais players do setor em uma mesma posição.
Por exemplo, se antes o cliente bancário só tinha acesso aos produtos e serviços disponibilizados pela instituição com a qual mantinha relacionamento, com o novo sistema, ele poderá conhecer e comparar essas ofertas com as de outros participantes.
Com isso, empresas de portes menores, comparadas aos grandes bancos, mas que também trabalham com soluções financeiras, terão a chance de conquistar novos públicos e, assim, expandir a sua participação nesse mercado.
Quer saber em quais outros pontos esse ecossistema pode contribuir para os negócios brasileiros? Então leia agora mesmo o artigo: “Oportunidades do Open Banking: as 4 que mais se destacam para o mercado financeiro e empresas do setor”
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