Como calcular a margem de contribuição de produtos? [Guia]

Existe uma série de métricas e conceitos fundamentais para manter a saúde financeira do seu negócio e destacá-lo no mercado. Aprender como calcular a margem de contribuição, por exemplo, é uma das práticas que não podem faltar nos processos internos de qualquer empresa!

Nessa abordagem, há duas categorias principais para classificar as despesas de um negócio: custos fixos e os variáveis. Os primeiros são os gastos permanentes que não sofrem grandes mudanças, como conta de luz, aluguel, salário dos funcionários e impostos. 

Já os custos variáveis são os que mudam conforme o volume de vendas e a demanda da empresa. Quando se fabricam mais produtos em um mês em relação ao anterior, as despesas também aumentam, por exemplo.

Portanto, aprender como calcular a margem de contribuição gera mais eficiência à gestão, pois prevê um valor que assegure o pagamento dos custos fixos mensais. 

Neste artigo, você aprende:

• o que é a margem de contribuição;

• qual a diferença entre margem de contribuição e ponto de equilíbrio;

• o que é margem de contribuição unitária;

• como calcular a margem de contribuição na prática;

• qual é a importância da margem de contribuição;

• como melhorar a margem de contribuição. 

 

Boa leitura!

O que é a margem de contribuição?

A margem de contribuição mostra quanto a empresa realmente ganha com cada venda após deduzir os custos e despesas variáveis, como impostos, comissões e taxas. Esse valor cobre as despesas fixas e define o lucro do negócio. Além disso, permite avaliar a sustentabilidade financeira e a precificação dos produtos.

O cálculo dessa métrica é muito simples, pois representa a quantia restante após subtrair os custos e despesas variáveis da receita com vendas. Veja a fórmula:

Margem de contribuição = receita com vendas – custos e despesas variáveis

Esse cálculo permite que o gestor prepare um planejamento financeiro de segurança e preveja um espaço orçamentário para o pagamento das despesas fixas, como:

• conta de energia;
• aluguel;
• impostos;
• e valores devidos aos colaboradores.

Esse indicador garante que a empresa tenha recursos suficientes para cobrir custos essenciais e manter suas operações. Dessa forma, qualquer modelo de negócio pode aplicá-lo, seja na indústria, no varejo ou na prestação de serviços. 

Até mesmo pequenos empreendedores com lojas virtuais devem considerá-lo para assegurar o pagamento de impostos e a presença em marketplaces, dentre outros custos fixos.

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Qual a diferença entre margem de contribuição e ponto de equilíbrio?

A diferença entre margem de contribuição e ponto de equilíbrio está no que cada conceito mede. A margem de contribuição mostra o valor que sobra da receita após a empresa deduzir custos variáveis e permite cobrir custos fixos e gerar lucro. Já o ponto de equilíbrio indica o faturamento mínimo necessário para evitar prejuízos.

Em outras palavras, a margem de contribuição resulta da subtração dos custos e despesas variáveis do preço de venda. Esse indicador revela quanto cada transação contribui para pagar as despesas fixas e formar lucro. 

Por outro lado, o ponto de equilíbrio define o volume de vendas necessário para cobrir todas as despesas sem gerar lucro nem prejuízo. Esse cálculo considera a relação entre a margem de contribuição e os custos fixos. No gráfico financeiro, por exemplo, representa o momento em que a receita total se iguala ao custo total.

Portanto, enquanto a margem de contribuição mede a eficiência e a lucratividade das vendas, o ponto de equilíbrio estabelece as metas mínimas de faturamento para sustentar o negócio. 

O que é margem de contribuição unitária?

A margem de contribuição unitária revela quanto sobra para pagar as despesas fixas de um produto específico. Para calculá-la, a empresa subtrai os custos e despesas variáveis do preço de venda unitário. Esse cálculo permite avaliar a rentabilidade de cada item que um negócio comercializou.

Por exemplo, se você é dono de uma loja de alimentos naturais e deseja saber qual é a margem de contribuição unitária de um pacotinho de aveia, basta subtrair os custos variáveis do valor da venda.

Como calcular a margem de contribuição na prática?

Veja como calcular a margem de contribuição com um exemplo simples de uma loja de produtos naturais.  

Se o preço de um pacotinho de biscoitos é R$10 e as despesas fixas agregadas são de R$8, a margem de contribuição unitária é de R$2.

Caso venda 100 pacotinhos no mês, o valor da margem mensal é, portanto, de R$200. Então, conte com esse valor para pagar as contas fixas do mês e gerar lucro.

O cálculo serve para cada produto do portfólio da loja. Assim, o gestor segmenta todas as opções à venda com uma margem de contribuição própria. 

Qual é a importância da margem de contribuição? 

Aprender como calcular a margem de contribuição é importante, por exemplo, para a precificação dos produtos. Afinal, essa métrica disponibiliza as referências necessárias para determinar um valor justo e equilibrado para os seus clientes, de forma a deixar a compra mais atrativa e garantir o lucro da empresa.

Além disso, a margem possibilita monitorar a performance comercial de cada produto, o que otimiza o giro de estoque e as receitas de vendas.

O impacto nos resultados é ainda mais visível com o investimento certo em plataformas de automação financeira, já que essas ferramentas reduzem a frequência de erros manuais e aumentam a eficiência do controle financeiro.

Como melhorar a margem de contribuição?

Veja como melhorar a margem de contribuição com três dicas simples:

• • pesquise pelas melhores opções de custos variáveis, como fornecedores com bom custo-benefício;

• automatize processos financeiros para não sofrer prejuízos com erros de cálculo;

• otimize o giro de estoque para evitar itens encalhados ou ausentes.

Além disso, priorize medidas comerciais consistentes, como o aprimoramento da jornada de compra do consumidor. 

Nesse caso, duas medidas no sistema financeiro fazem toda a diferença: aumento da oferta de opções de pagamento no checkout e ampliação do portfólio de produtos e serviços.

No primeiro exemplo, há uma redução considerável na taxa de abandono de carrinho, pois provavelmente o cliente encontrará o método de pagamento que procura.

Já no segundo caso, o caminho é investir em soluções de fintech as a service para disponibilizar serviços financeiros próprios aos consumidores, como conta digital, transferências, condições de crédito exclusivas e moedas para programas de fidelidade.

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