Cashless economy: por que vale a pena investir nessa tendência?

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Em tradução literal cashless significa “sem dinheiro”. Na prática, consiste na realização de pagamentos e/ou movimentação de valores sem o uso de dinheiro em espécie. 

Em substituição ao recurso, são usadas ferramentas eletrônicas e digitais, a exemplo de cartões de crédito, cartões de débito, Pix, entre outros relacionados.

Esse termo abre espaço para o conceito “cashless economy“, que é uma economia sem dinheiro, na qual o dinheiro físico está sendo cada vez mais substituído por métodos de pagamentos eletrônicos.

Somente para você ter uma ideia do quanto esse cenário está em expansão, o nosso Relatório de Tendências 2022 revelou que R$ 40 bilhões em espécie deixaram de circular no país somente entre os meses de janeiro e outubro de 2021.  

Sobre isso, vale destacar também que a pandemia do coronavírus impulsionou fortemente essa mudança. 

Segundo um estudo da Visa, divulgado em uma matéria do site UOL Economia, o acontecimento foi o maior motivador da expansão dos pagamentos digitais na América Latina — basicamente, as mudanças que, comumente, demorariam 10 anos para acontecer, puderam ser vistas em apenas 12 meses.

Ainda segundo o levantamento, de todos os negócios que deram início à aceitação de pagamentos eletrônicos no período mais intenso de isolamento social, 80% eram micro ou pequenas empresas. Entre as soluções que se tornaram mais populares nesse período estão o pagamento por QR Code e pagamentos sem contato via smartphone e/ou cartões com tecnologia NFC.

Com base nessas informações, já se torna possível afirmar que um dos motivos pelos quais vale a pena investir na tendência cashless economy é o atendimento do atual comportamento dos consumidores. Mas quais seriam as outras razões?

Confira, neste artigo, as principais vantagens e os desafios da promoção de uma economia sem dinheiro, e também como o seu negócio e seus clientes podem se beneficiar com isso.

O que é cashless economy?

Cashless economy é o termo utilizado para definir um processo no qual os pagamentos ou movimentações de valores são feitos sem o uso do dinheiro em espécie.

Assim como dissemos logo na abertura deste conteúdo, em substituição ao papel-moeda são utilizadas soluções de pagamentos eletrônicas e digitais. Nesse grupo de recursos financeiros estão incluídos, por exemplo:

• cartão de débito;
• cartão de crédito;
• Pix;
• carteiras digitais;
• links de pagamento;
• smartphones e dispositivos vestíveis com tecnologia NFC (contactless).

 

Em outras palavras, significa que ao invés de utilizar cédulas ou moedas, a ideia é que os consumidores usem meios de pagamentos eletrônicos na hora de pagar as suas compras. 

O mesmo princípio pode ser considerado para quando essas pessoas forem realizar transações P2P (de pessoa para pessoa). Isso quer dizer, usar métodos como Pix e carteiras digitais para fazerem transferência de valores para amigos e familiares.

Dica de leitura: “Tap on Phone: como funciona essa nova solução de pagamento por aproximação?“

Por que vale a pena investir em cashless economy?

Investir no conceito cashless economy traz uma série de vantagens tanto para a empresa quanto para os seus clientes. 

Entre os benefícios que mais se destacam para os negócios estão:

• chance de fomentar compras não programadas, contribuindo para o aumento do volume de vendas e de faturamento;
• atendimento ao novo comportamento dos consumidores, que cada vez mais preferem soluções de pagamento rápidas, modernas, seguras e otimizadas;
• possibilidade de atrair mais clientes e de fidelizá-los, ao disponibilizar seus métodos de pagamentos preferidos.

 

Sobre esses dois últimos pontos, vale a pena destacarmos outro dado apontado no nosso relatório de tendências, o qual revelou que 80% dos consumidores que não encontraram o meio de pagamento que queriam deixaram de concluir um pedido.

No que diz respeito ao ponto de vista dos compradores, alguns dos benefícios que podem ser obtidos com o cashless economy são:

• diminuição do risco de perdas financeiras decorrente de furtos ou roubos, visto que meios de pagamento eletrônicos podem ser facilmente bloqueados;
• aumentos da sensação de segurança no dia a dia;
• otimização do tempo de compra decorrente de checkouts mais rápidos.

 

Em linhas gerais, não podemos deixar de citar também que uma economia sem dinheiro (físico) ajuda a dificultar a realização de crimes como lavagem de dinheiro e fraudes financeiras, visto que as movimentações financeiras eletrônicas são totalmente possíveis de serem rastreadas, o que já não acontece com dinheiro em espécie.

O que falta para o conceito cashless economy ser amplamente utilizado?

Após ler essas informações, você deve estar pensando que uma economia sem dinheiro já não é mais uma novidade, nem tão pouco uma tendência. Afinal, quem hoje em dia não usa algum meio de pagamento eletrônico e qual empresa que trabalha apenas com dinheiro? Mas, na realidade, esse cenário ainda não é tão amplo assim.

Por exemplo, uma pesquisa inédita realizada pela Fundação Dom Cabral (FDC), a qual foi divulgada no site CNN Brasil, mostrou que 53,4% dos brasileiros ainda preferem fazer compras ou pagar contas com dinheiro impresso.

Mesmo com soluções práticas e cada vez mais utilizadas como o Pix, a maioria da população brasileira ainda usa papel-moeda majoritariamente no dia a dia. Uma das principais razões apontadas pelos entrevistados para essa preferência, é que eles acreditam que o dinheiro permite um controle financeiro melhor, percepção que foi apontada por 31,3% das pessoas que participaram da pesquisa.

Somado a isso, é preciso considerar que muitos dos pagamentos digitais estão atrelados ao uso da internet. Entretanto, 40 milhões de cidadãos (um a cada cinco brasileiros) ainda não têm acesso a essa tecnologia, segundo informações do IBGE divulgadas no site da Agência Nacional. 

Ou seja, além da questão cultural, a desigualdade econômica e social seguem como alguns dos obstáculos que precisam ser superados para o uso mais amplo de meios de pagamentos eletrônicos pelos brasileiros.

Como tornar os meios de pagamentos digitais uma realidade na sua empresa?

Mas mesmo que problemas como esses ainda precisem ser solucionados, não se pode esquecer da grande parcela de consumidores que já são adeptos às soluções eletrônicas de pagamento.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, a Abecs, os pagamentos com cartões cresceram 36% no 1° trimestre de 2022, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Os pagamentos por aproximação tiveram um aumento ainda mais expressivo: 455,9% a mais no período do estudo, resultando em uma movimentação de R$ 103,2 bilhões. Considerando que no ano anterior esse montante foi de R$ 18,6 bilhões, está mais que claro que o uso dessa ferramenta segue maior a cada ano.

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