Transação financeira: como a digitalização ajuda nesse processo?
Uma transação financeira consiste na movimentação de ativos, ou seja, de itens que têm valor monetário, a exemplo das moedas fiduciárias como real e dólar, e das moedas digitais como Bitcoin e Ether.
Mas além das operações desse tipo realizadas dentro do nosso país, há as usadas para remessa de valores para fora do Brasil. Assim, as transações financeiras internacionais correspondem à realização de envio de ativos de um país para outro.
Segundo dados do Banco Central, citados em uma matéria do site E-Investidor, aumentou o número de brasileiros que estão enviando dinheiro do Brasil para outros países. Conforme apontado pelo órgão fiscalizador na reportagem, o crescimento foi de 148% em dez anos.
Em março de 2012, a quantidade de transferências pessoais de dinheiro para fora do Brasil foi de US$ 86 milhões. Já em 2022, essa quantia subiu para US$ 214 milhões. Os países que mais receberam transferências brasileiras foram Estados Unidos e Portugal.
Somente a soma financeira enviada no primeiro trimestre de 2021 já foi maior do que a metade de tudo o que foi transferido em 2012 inteiro — US$ 547 milhões e US$ 981 milhões, respectivamente.
Mas por quais motivos essa diferença é tão expressiva? O que mais tem tornado as transações financeiras internacionais mais interessantes? E quanto às nacionais, também houve aumento da adesão? Qual o papel da digitalização em ambos os processos?
Siga, agora, a leitura deste artigo, e confira todas as respostas para esse tema!
O que é transação financeira?
Uma transação financeira consiste na movimentação de valores, processo que pode ser realizado entre pessoas físicas; pessoa física e pessoa jurídica; pessoa jurídica e pessoa física; além de pessoas físicas ou jurídicas e órgãos governamentais.
Nesse contexto estão inseridos trâmites relativos a:
- pagamento de compras de produtos;
- contratação de serviços;
- concessão ou pagamento de empréstimos;
- criação de fundos de reserva com transações entre contas de um mesmo titular, entre diversas outras operações monetárias.
Conforme pesquisa da empresa do setor de serviços profissionais PwC, citada em outra matéria do site E-Investidor, o número de transações financeiras realizadas digitalmente no Brasil deve crescer 142% até 2023.
Segundo o estudo, a pandemia foi o grande acelerador do aumento da adesão de meios de pagamento digital — processo que já era esperado, mas que foi antecipado por conta desse evento.
Com isso, soluções como Pix, carteiras digitais, e até mesmo as criptomoedas, foram adotadas mais rapidamente e contribuíram com a diminuição do uso de dinheiro impresso no nosso país.
Dica! Não deixe de ler este artigo: “Real Digital e Pix: quanto e como podem mudar o futuro do mercado financeiro nacional?“
O que é transação financeira internacional?
Uma transação financeira internacional consiste no envio de valores de um país para o outro.
Como mencionamos logo na abertura deste artigo, essa prática está crescendo cada vez mais no Brasil e, além dos Estados Unidos e Portugal que encabeçam a lista de destinos de remessas entre pessoas físicas, também estão nesse ranking (por ordem de volume enviado):
- Bolívia;
- Reino Unido;
- Espanha;
- China;
- Haiti;
- Alemanha;
- Itália;
- Canadá;
- Peru;
- França.
No caso das transações financeiras internacionais, o fomento se deve às inovações implementadas no sistema financeiro, as quais deixaram esse processo bem mais prático, rápido e com custos operacionais menores.
Como a digitalização financeira facilita transações nacionais e internacionais?
Uma das principais razões para o ponto que acabamos de citar foi o processo de digitalização pelo qual o mercado financeiro passou nos últimos anos.
A tecnologia abriu espaço para a entrada de novos players no setor, deixando-o muito mais competitivo e, consequentemente, levando à diminuição dos valores de diversas taxas praticadas.
Se antes os grandes bancos dominavam esse mercado, hoje, as fintechs promoveram uma revolução e estão contribuindo cada dia mais para reduzir os custos operacionais de diversas transações, incluindo o envio de dinheiro para o exterior.
A própria relação entre as fintechs e o Banco Central ajudou para a expansão das startups de serviços financeiros. Quanto a isso, o órgão regulador instituiu uma série de resoluções que facilitaram a atuação das fintechs no Brasil, a fim de tornar o setor mais competitivo.
Além desse posicionamento, não podemos deixar de citar a participação direta do próprio Banco Central no processo de digitalização financeira, por meio da criação e implementação do Pix em novembro de 2020, e de todas as funcionalidades do sistema de pagamentos instantâneo que estão sendo liberadas gradativamente.
Isso sem falar do Real Digital, versão virtual do real impresso que já está em fase de teste e previsão de lançamento em 2024.
Entenda mais sobre esse tema lendo o artigo: “Real Digital e Pix: quanto e como podem mudar o futuro do mercado financeiro nacional?“
É possível reduzir custos de transações financeiras internacionais?
A transação financeira internacional é uma das operações que mais custos gera para os usuários do mercado financeiro.
Porém, o processo de digitalização trouxe dois caminhos que podem contribuir para diminuir os valores pagos para a realização desse processo, que são:
- abertura de uma conta digital internacional;
- Pix Internacional.
Abertura de conta digital internacional
As contas digitais internacionais são aquelas que permitem aos usuários o uso de moedas estrangeiras em suas operações.
A ideia é que essa modalidade de conta digital facilite não apenas as remessas de valores internacionais, mas também as operações financeiras em viagens, intercâmbios, entre outros processos relacionados.
Por conta disso, uma das principais propostas das contas digitais internacionais é contribuir com o processo de câmbio, promovendo a troca da moeda fiduciária brasileira por outras internacionais de maneira mais simples, rápida e menos onerosa financeiramente.
Pix Internacional
O Pix Internacional é uma nova função do sistema de pagamentos instantâneo que permitirá o envio de valores do Brasil para outros países, nos mesmos moldes que são feitas as transferências por aqui.
Explicando de outra forma, pelo Pix Internacional a expectativa é que as remessas de valores para outros países aconteçam em até 60 segundos, utilizando apenas uma chave (como número de celular; CPF; CNPJ, e-mail ou uma chave aleatória) para realizar o processo.
A liberação de uso do Pix Internacional pela população brasileira está prevista para 2024 ou 2025, segundo informado por Breno Lobo, consultor no Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central (BC), em uma reportagem no site Valor Investe.
É certo que demorará um tempo para que essa funcionalidade esteja disponível. Mas, até lá, você pode conferir de quais outras formas a digitalização está contribuindo para aprimorar o sistema financeiro nacional.
Por isso, convidamos você para assistir a este vídeo e ficar por dentro de como funciona o Pix da Zoop, solução de pagamentos online e presenciais com Pix.
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