As empresas fintechs vêm ganhando espaço no Brasil há anos por oferecerem alternativas aos serviços prestados pelos bancos tradicionais.
Essa expansão foi ainda mais acelerada pelas novas práticas e hábitos adotados durante a pandemia do novo coronavírus..
Sobre isso, Gustavo Brigatto conversa com Fabiano Cruz (CEO e Cofundador da Zoop) e Patrick Hubry (CEO Movile), a fim de, juntos, analisarem como as empresas fintechs vão continuar avançando sobre um cenário em que os serviços financeiros passam a ser incorporados em todos os âmbitos da vida cotidiana.
Confira neste episódio do Papo na Nuvem quais são os próximos passos dessas empresas e saiba mais sobre as diferentes relações de pessoas jurídicas e pessoas físicas com as soluções financeiras atuais.
Entenda também sobre o papel da China nesse desenvolvimento e as lições que podem servir para nós,; como o PIX participa desses processos, e algumas das soluções inovadoras para o futuro.
Toda empresa será uma empresa fintech
De empresas varejistas a ERPs, entre outras, os mais variados negócios estão percebendo o potencial que as empresas fintechs abrigam.
Uma dessas percepções é que as suas receitas podem ser ainda mais desenvolvidas com a participação no mercado financeiro.
Por mais que isso pareça uma novidade, as Casas Bahia é um exemplo de negócio que já oferecia crédito para as pessoas que não conseguiam em meios tradicionais.
Mas, hoje, essas soluções são muito mais baratas e simples. Por isso, fica bem mais fácil que diversas empresas embarquem nessa estratégia.
O grande diferencial atualmente é exatamente o fato de que quase todo tipo de negócio pode aproveitar dessas vantagens e se tornar uma empresa fintech — as plataformas possibilitam isso e tornam a implementação real —, algo que só era possível para grandes conglomerados há alguns anos atrás.
A democratização do acesso aos serviços financeiros
Ainda é muito difícil para pessoas e empresas o acesso a contas e a créditos com taxas decentes.
Isso tem a ver com o mercado de bancos, que é extremamente concentrado, como coloca Fabiano:
“Você tem 5 bancos com, basicamente, 80% das carteiras de crédito do país”
O aumento de possibilidades de serviços financeiros só tende a democratizar o acesso aos serviços financeiros.
Um dos principais desafios do momento é fazer com que as empresas fintechs consigam chegar a mais brasileiros, e que não fiquem apenas concentradas nos centros urbanos.
E, para isso, é necessário o incentivo aos comerciantes locais que passaram a fazer parte da realidade durante a quarentena.
Hoje, já existem exemplos de regiões onde pouquíssimas empresas chegavam, mas já apresentam tecnologias de serviços financeiros realizadas pelos próprios empreendedores locais.
Uma nova competição para as empresas fintechs
A competição para as empresas fintechs agora é maior, já que a participação de redes varejistas e as relações locais também entraram na conta.
Mas isso é algo bom, como argumenta Patrick:
“É muito melhor que tenha essa competição porque, no final, quem ganha é o consumidor, ganha o pequeno empresário”
Hoje, etapas como eliminar filas em banco e maior quantidade de ofertas já são uma realidade.
O desenvolvimento desse setor aponta para a necessidade de inovação já nos próximos dois anos — empresas de tecnologia e startups precisam sempre inovar e mudar, caso contrário, vão ficar para trás.
E para quem trabalha na área, essa premissa não deve ser pensada como uma ameaça, mas como um grande estímulo!
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