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    Golpe do Pix: quais estão sendo aplicados e como se proteger?

    15 de abril de 2024
    Por Redação Zoop
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    Está sem tempo de ler agora? Que tal ouvir o artigo? Experimente no player abaixo!

    Infelizmente, já circulam na mídia diversas notícias sobre tentativas de fraude e de golpe do Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central.

    Dados mais recentes do Banco Central, divulgados pelo InfoMoney, mostram que 0,007% das transações via Pix são consideradas suspeitas ou fraudulentas

    Esse número de golpes do Pix pode parecer baixo em um primeiro momento, mas se considerarmos que,no períod analisado, foram realizadas mais de 43 bilhões de transações, ele se torna bastante significativo e oneroso para os usuários do sistema.

    Buscando acabar ou, pelo menos, minimizar essas ações, o órgão regulamentador adotou uma série de medidas de proteção, que incluem: limite de valor para transações noturnas, cadastro prévio de contas que podem receber as transferências, entre outras.

    Confira, neste artigo, quais são as abordagens de segurança aplicadas pelo Banco Central, quais são os principais tipos de golpe do Pix que estão sendo aplicados e como proteger sua empresa de prejuízos.

    Quais são os golpes do Pix mais comuns?

    Quando se fala em golpe do Pix, a cada dia, novas estratégias são adotadas por criminosos a fim de lesar as vítimas e tirar dinheiro de suas contas bancárias.

    Atualmente, as fraudes do Pix que mais estão sendo aplicadas, que podem afetar o seu negócio, são:

    • phishing;
    • golpe da “mão fantasma”;
    • clonagem de WhatsApp;
    • descontos em contas e faturas;
    • falsas centrais de atendimento ao cliente.

    Confira os detalhes!

    Phishing

    O phishing é um tipo de fraude na internet que está sendo bastante utilizado como golpe do Pix. 

    Consiste no envio de um link que, quando aberto, direciona a pessoa para uma página web falsa, mas bem similar visualmente à oficial de redes varejistas, bancos, fintechs e outros tipos de empresas.

    Podendo ser enviado por e-mail ou SMS, a ideia é que o cliente da marca clique no link, acreditando ser um contato real dessa companhia com o propósito de atualizar seus dados.

    No entanto, a verdade é que ele estará enviando suas informações a malfeitores que podem usá-las para diferentes crimes, incluindo roubo de valores via Pix.

    Não deixe de ouvir este episódio do Papo na Nuvem:

    Golpe da “mão fantasma”

    O nome “mão fantasma” para esse golpe do Pix se dá porque ele faz parecer que existe uma mão misteriosa realizando operações automatizadas pelo seu smartphone.

    De maneira geral, os criminosos fazem o usuário realizar o download de algum app infectado por meio de um link suspeito, que chega via Whatsapp, SMS, e-mail etc. 

    Por meio desse aplicativo infectado, os criminosos conseguem alterar configurações do aparelho, além de obter acesso a apps de bancos.

    A partir disso, eles conseguem pagar boletos, pedir empréstimos, realizar compras online e, claro, realizar golpes do Pix.

    Segundo especialistas, qualquer tipo de app, não precisa ser bancário, pode ser utilizado como isca para enganar os usuários. Geralmente, esses aplicativos não se encontram nas lojas oficiais, como Play Store e Apple Store.

    Dados divulgados pela Revista Exame mostram que, em 2023, pelo menos 6 mil vítimas caíram no golpe do Pix da “mão fantasma”.

    Clonagem de WhatsApp 

    Os dados mais recentes sobre o tema, divulgados pela Uol, mostram que o brasileiro sofre cerca de 208 golpes por hora nesse aplicativo. Entre essas, obviamente, podem estar as contas utilizadas por empresas.

    No golpe do Pix no WhatsApp, os criminosos roubam a conta e se passam pelo titular, enviando mensagens para a lista de contatos na tentativa de conseguir uma transferência de valor via sistema de pagamentos instantâneo.

    As marcas que usam esse aplicativo de mensagem como canal de relacionamento e/ou de vendas, e que tiverem os apps clonados, correm o risco de seus clientes receberem esse tipo de mensagem.

    Os argumentos utilizados, no caso, podem ser a cobrança de uma fatura em atraso, o envio de segunda via de boleto ou QR Code com valor atualizado para pagamento e assim por diante.

    Quando o cliente cai nessa fraude do Pix, a quantia paga é enviada instantaneamente para a conta dos malfeitores. No entanto, o consumidor acredita estar se relacionando com a marca, visto ser o WhatsApp oficial da companhia.

    Descontos em contas e faturas

    Seguindo um princípio bem parecido com os dois que acabamos de citar, outro golpe do Pix que tem se tornado bastante comum é o desconto em contas e faturas.

    No caso, quem está aplicando a fraude entra em contato com o cliente e informa que ele poderá pagar um valor menor do que o devido à marca, desde que ele faça uma transferência naquele momento.

    Ao aceitar a oferta, o cliente recebe um link, QR Code ou mesmo uma chave Pix para fazer a transação e, mais uma vez, o consumidor acredita estar em contato com alguma empresa com a qual mantém relacionamento.

    Falsas centrais de atendimento ao cliente

    Das falsas centrais de atendimento ao clientes são feitas ligações por pessoas que se passam por funcionários de bancos, fintechs, e SAC de marcas conhecidas.

    Nesse tipo de fraude do Pix, também é possível enviar links de pagamento ou indicar uma chave para que o cliente efetue uma transferência, acreditando estar pagando uma conta, por exemplo.

    A diferença das demais é que essa ação é feita por telefone e não por canais digitais, como e-mail, mensagem de texto ou SMS.

    É possível recuperar dinheiro de golpes do Pix?

    Você sabia que é possível recuperar dinheiro de golpes do Pix? Para ter seus valores de volta, basta seguir os seguintes passos!

    1. Interrompa imediatamente as interações com o golpista, seja por WhatsApp, e-mail ou SMS. Bloqueie o contato do criminoso e desinstale os possíveis apps infectados.
    2. Entre em contato com o banco para bloquear tanto as operações via Pix, como as compras no cartão, pagamentos de boletos e pedidos de empréstimo.
    3. Documente, com prints detalhados, o histórico de conversas do golpista e os extratos das transações.
    4. Acione o Mecanismo Especial de Devolução (MED), sistema criado pelo Banco Central para devolução de dinheiro dos golpes mais comuns do Pix. Esse pedido é feito junto ao seu próprio banco para futuro encaminhamento ao MED. O prazo para entrada do processo é de até 80 dias após o data do golpe. 

    Como proteger as empresas de fraudes no Pix? 

    Como você pôde ver, os golpes do Pix que acabamos de citar podem usar o nome da sua empresa para prejudicar financeiramente os clientes.

    Quando isso acontece, a imagem da marca pode ficar seriamente comprometida. Ainda que você comprove que não teve participação nas fraudes, as chances dos consumidores afetados perderem a confiança no seu negócio são grandes.

    Por isso, é essencial que oriente adequadamente seu público sobre quais canais são utilizados para cobranças e pagamentos via Pix, destacando que qualquer situação fora das apresentadas deve ser vista como suspeita.

    A fim de proteger o WhatsApp do seu negócio, a dica é utilizar a chamada “verificação em duas etapas”, que consiste na inclusão de um PIN como camada extra de segurança.

    E, por falar em segurança, vale reforçar o que mencionamos logo no início deste artigo, que o Banco Central adotou uma série de medidas a fim de evitar golpes do Pix.

    De acordo com o Banco Central, novas regras de 2023 foram adicionadas para evitar diversos tipos de golpes do Pix. Elas se juntam aos termos criados em 2021. Hoje as medidas são essas:

    • limite de R$ 1 mil para transações entre 20 horas e 6 horas (válido para pessoas físicas e MEI, Microempreendedores Individuais);
    • possibilidade do cliente bancário aumentar ou reduzir seu limite de Pix, tendo efeito imediato para redução e prazo entre 24 horas e 48 horas para aumento;
    • cadastro prévio de contas que poderão receber transações acima dos limites estabelecidos;
    • obrigatoriedade das instituições participantes do sistema em registrar no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) contas e transações suspeitas de ações fraudulentas.
    • criação do MED para processar a devolução do dinheiro roubado à vítima do golpe do Pix.
    • Notificação de infração, que permite que as instituições façam uma marcação das chaves e usuários sempre que houver suspeita de fraude na transação

     

    Ainda que exista a possibilidade de golpes, é fundamental que você tenha em mente que o Pix é um excelente meio de pagamento, que facilita a rotina tanto de quem paga quanto de quem recebe.

    Para conhecer um pouco mais sobre esse meio de pagamento, leia agora mesmo o artigo: “Tudo sobre o Pix: confira as 13 respostas que sua empresa precisa saber e a opinião de especialistas!

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